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sábado, 12 de março de 2011

George e Madeline – Parte IV



Já estava ficando tarde, resolvi ir pra casa, o parque fica à mais ou menos três quadras de casa. Enquanto caminhava, turbilhões de pensamentos invadiam minha mente misturando-se com as recordações, até que lembre-me do dia em que...
“...era uma manhã de domingo, eu acordei e estendi minha mão para acariciar o rosto de minha amada, como costumeiramente faço, até que meus dedos foram de encontro ao rosto da minha querida, abro os meus olhos para admira-la. Suas rugas delatavam a idade avançada, porém não corrompiam sua beleza.
Madeline abriu seus lindos olhos verdes lentamente, olhou-me e sorriu, então ela disse: - 'George, eu te amo.' - tão baixo, quase como um sussurro. E lhe respondi: - 'Oh! Querida, eu também te amo.' Seus lábios se moveram lentamente e ela disse: - ' Amor, obrigada por me fazer a mulher mais feliz.' Vi uma lágrima cair de seus olhos, e percorrer seu rosto, mas não era uma lágrima de tristeza, e sim de emoção. Então eu disse: - 'É o mínimo que eu poderia fazer querida, você concedeu-me todo esses anos ao seu lado. E só você consegue me aturar.' Ela deu uma risada de leve e disse: - ' É! Na saúde ou na doença, na alegria ou na tristeza, riqueza ou na pobreza...' Eu a interrompi e disse: - ' Até que a morte NOS separe.' E ela repetiu: - ' Até que a morte nos separe.' Em seguida fechou os olhos, então segurei sua mão, ela sorriu novamente, mas de olhos fechado, eu a acompanhei e fechei os meus também, ainda de mão dadas.
Ficamos ali deitados durante algumas horas, quando decidi levantar-me. Porém, quando abri os olhos percebi que a mão de minha doce Madeline estava um pouco fria e assim também sua face. Corri desesperadamente ao telefone e liguei para emergência. Dentro de 10min. Os para-médicos chegaram, verificaram seu pulso, tentaram a ressuscitação e me disseram que infelizmente nada mais poderia ser feito, minha Madeline havia partido.
Na hora desabei em lágrimas, e num choro desesperado tentei consolar-me. Fiz uma breve oração pedindo à Deus que recebesse minha amada Madeline e que me desse forças pra continuar. Ele me ouviu e me confortou.”
Lembrei-me então que minha amada havia partido feliz e em paz. Cheguei em casa, peguei o nosso álbum de fotografias o qual tinha nossa foto de casamento, sentei-me em minha poltrona que ficava ao lado da poltrona amarela de Madeline, abracei o nosso álbum de fotografias e adormeci.

Fim.

Enfim queridos, o conto se encerra por aqui. Sei que existem contos muito melhores que esse, mas mesmo não sendo um excelente conto, eu gostei muito do modo como ele surgiu e como se desenvolveu, espero que também tenham gostado.                                                                       

Beijos, Laryssa Lima.

3 comentários:

  1. Oi, obrigada pela visita! E claro, vou seguir aqui também! Beijo.

    http://livreelouca.blogspot.com/

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  2. Que lindo ficou o fim desse conto.
    Acho lindo esse amor que ultrapassa a eternidade, como eu já disse. E o modo como as suas palavras vestiram-se com a beleza de tal amor cintilou uma beleza única.
    Grande beijo amiga.
    C'est extra! :)

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  3. Fiquei muito contente com o seu comentário, ainda mais em saber sobre a sua admiração por meu espaço. Eu gosto daqui também, e esse conto eu acompanho desde o comecinho, achei lindo o modo como a história terminou. Deixou na verdade, as agradáveis reticência que me presenteiam sempre com asas para que a história continue vivendo, e voando solta.
    Eu tenho uma queda por amores antigos, como eu já havia dito. (hihi)
    Acho incrível a força do amor dessas poucas pessoas que conseguem envelhecer os corpos juntos, e eternizar a alma apaixonada. Lindo mesmo. Ainda estou aqui entre um suspiro e outro. *-*

    Beijo grande querida.

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